23 de junho de 2013

Curar a dor.

Dedico a você, talvez pela última vez.


Heal The Pain

Let me tell you a secret
Put it in your heart and keep it
Something that I want you to know
Do something for me
Listen to my simple story
And maybe we'll have something to show

You tell me you're cold on the inside
How can the outside world
Be a place that your heart can embrace
Be good to yourself
'Cause nobody else
Has the power to make you happy

How can I help you?
Please let me try to
I can heal the pain
That you're feeling inside
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you'll be mine

He must have really hurt you
To make you say the things that you do
He must have really hurt you
To make those pretty eyes look so blue

He must have known
That he could
That you'd never leave him
Now you can't see my love is good?
And that I'm not him

How can I help you?
Please let me try to
I can heal the pain
Won't you let me inside?
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you'll be mine

Won't you let me in?
Let this love begin
Won't you show me your heart now?
I'll be good to you
I can make this thing true
Show me that heart right now

Who needs a lover
That can't be a friend
Something tells me I'm the one you've been looking for
If you ever should see him again
Won't you tell him you've found someone who gives you more

Someone who will protect you
Love and respect you
All those things
That he never could bring to you
Like I do
Or rather I would
Won't you show me your heart like you should?

How can I help you?
Please let me try to
I can heal the pain
That you're feeling inside
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you'll be mine

Won't you let me in?
Let this love begin
Won't you show me your heart now?
I'll be good to you
I can make this thing true
And get to your heart somehow

Curar a Dor

Deixe-me contar um segredo
Coloque em seu coração e deixe lá
Algo que quero que você saiba
Faça uma coisa por mim
Ouça minha pequena história
E talvez teremos algo para compartilhar

Você me diz que é insensível
Como pode o mundo aqui fora
Ser um lugar que seu coração se identifica?
Seja boa para você mesma
Porque ninguém
Tem o poder de te fazer feliz

Como posso te ajudar?
Por favor, deixe-me tentar
Posso curar a dor
Que você está sentindo aí dentro
O que você quiser de mim
Você sabe que serei
Esperando pelo dia
Que você dirá que será minha

Ele deve ter te machucado muito mesmo
A ponto de você dizer o que diz
Ele deve ter te machucado muito mesmo
Para fazer seus lindos olhos ficarem tão tristes

Ele deveria saber
Que ele poderia
Fazer com que você nunca o deixasse
Agora você não vê que meu amor é verdadeiro?
E que eu não sou ele

Como posso te ajudar?
Por favor, deixe-me tentar
Posso curar a dor
Que você está sentindo aí dentro
O que você quiser de mim
Você sabe que serei
Esperando pelo dia
Que você dirá que será minha

Você me deixaria entrar?
Deixe esse amor começar
Não vai mostrar seu coração agora?
Serei bom para você
Posso fazer disso verdade
Mostre seu coração agora

Quem precisa de um amor
Que não pode ser seu amigo?
Algo me diz que eu sou aquele que você procura
Caso você o veja
Você diria que achou alguém que lhe dá mais?

Alguém que te irá proteger
Te amar e respeitar
E tudo mais
Que ele não pôde te dar
Como eu faria
Ou prefiro
Que você mostre seu coração como deveria

Como posso te ajudar?
Por favor, deixe-me tentar
Posso curar a dor
Que você está sentindo aí dentro
O que você quiser de mim
Você sabe que serei
Esperando pelo dia
Que você dirá que será minha

Deixar-me entrar
Deixe esse amor começar
Não vai mostrar seu coração agora?
Serei bom para você
Posso fazer disso verdade
E chegar ao seu coração de alguma forma

17 de abril de 2013

Vou te contar...

Das coisas que te quero dar, tantas estrelas e saudades para compartilhar. O fundamental é mesmo a tua companhia, de todas as ausências, a tua é a que não suporto. Precisando respirar, vou em ti buscar meu alento. Encontrar minhas possibilidades no vislumbre da tua beleza, sentir o teus aromas, a cada despertar que compartilharmos. Sozinho não quero mais, é preciso dividir nossas dores.

Daquilo que me pedes, não sinto limites para teus desejos. Sou teu desejo em si. A consciência alheia de minhas vontades pertence aos teus anseios. É demais, mas é o que pede meu peito, é a fluência dos meus sentidos centrado em única sensação: o anseio de ti.
Na minha ronda pela tua presença, um vazio caminha naquilo que chamo de meu corpo. No que resta do meu brio, são teus breves vestígios que me regam a alma. A alma que por ti permanece.

Na distância é difícil ver tudo isto. Mas de perto a desolação é obtusa, sonegada. Diferente, pois, não seria. De outra forma, aproxima-te de mim que renasço. Me abrigo em ti e compartilharemos as estrelas e as constelações. 

Veremos o teu Carneiro de Áries altivo entre o Touro e Peixes. Sob as estrelas, e nenhuma outra testemunha, vou te contar mil segredos dos mundos que vi, das terras de Hades às planícies de Hera.

Com tuas mãos dentre as minhas, selaremos o cavalo alado e margearemos o Erídano. Nossa derradeira viagem nunca chegará: viveremos no conto dos poetas, na prosa do desocupados e, ignorantes destes, ocuparemos nosso próprio locus na infinitude das luzes eternas.

30 de março de 2012

Cavalos marinhos.

Cavalos marinhos. Fale deles para mim. Explique a natureza. Explica para mim a tua beleza. Desconhece teu sorriso. Traz a ventura do teu rosto com a esperança nele contida. Naqueles dias que você existe, minha supremacia sobre todos é absoluta. Me parte a vida naquilo que está você.

Cada alvorada, cada remanso, cada ocaso do sol, ali estarão nossas imagens. Nossa teimosia em inventar o amor. Me diz o que acontece enquanto não existimos. Quem dirá aquilo que sou, se não você? Quem serei eu, se não tudo aquilo que está dentro de você? Só um alguém, de acordes perdidos, sem melodia, nem tom. Não desista de nossa prosa. Dela tiro meu mundo.

Pode continuar, os cavalos marinhos ali estão, sob as águas, flutuando entre nós dois. Não haverá interrupção. Enquanto eu procurava achar alguém, eles estiveram sempre ali. Meu amor por ti que não havia nascido. Nossas paralelas que se cruzaram, não razão improvável do mundo e de nossos espíritos. É estranho aquilo que me descreve. O nosso encontro. Comento contigo nossa aparência. Sorria contigo nossas diferenças. Fazer nós dois será tudo que me resta? Estará aí quando eu complete a resposta? A nossa amizade também estará na razão de um amor em asilo?

Tenho andado distraído, na cama tuas conversas têm todo o tempo do mundo. Sempre em frente quando o sagrado e selvagem do nosso comum chamar. Te darei a eterna tempestade do tempo para que você me abrace forte e me conte dos cavalos marinhos, no escuro.

1 de dezembro de 2011

Momentos de incertezas.

O país acordou hoje com novas cautelas expedidas pelo governo federal, via Ministério da Fazenda, com o intuito de reforçar outras já existentes. É um arsenal pronto e instalado contra eventuais efeitos de contaminação internacional. Sendo, majoritariamente, um produtor de commodities, o Brasil depende dos grandes países industrializados para manter-se fora da turma da recessão econômica. Os resultados desta prevenção virão com o tempo, mas é de certa forma confortante, saber que o país está vigilante.

É fator claro e presente nestes anos de governo trabalhista, que o Brasil ganhou um novo motor econômico: seu crescente e quase inesgotável mercado interno em expansão. Mas não será possível contar e assegurar-se sempre desta base da economia para refugar medidas prudentes em momentos de extremas incertezas. Pois, enfim, o que deve ser protegido é a família ordinária brasileira; a camada assalariada que sempre será a mais atingida e sofredora em eventuais momentos de arrocho.

O povo deve estar ciente do momento frágil que todos os velhos mercados percorrem neste instante. Cada qual com suas mazelas e gargalos, luta há pelo menos três anos para sair deste temporal que teima em não se desfazer. De um lado do Atlântico, já saiu o presidente irresponsável e inconsequente, deu lugar à uma promessa democrática que, até agora, não soube ou não quis adotar medidas mais exigentes e duras contra a escassez de crédito em seu país. Do outro lado, sucessivas mudanças de governos também foram inócuas. O problema da velha Europa não é a ideologia de seus governantes, mas sim, um desenho que não se terminou de traçar no cerne da União Europeia: a desvinculação plena da política fiscal de cada país em favor de um governo central europeu. 

Este problema, menos econômico que político, não tem fácil saída: como gerar e garantir uma reserva mínima de legitimidade para um governo econômico central? Que base e desenho político deverá ser elaborado para criar fatores que culminem com um novo tipo de convivência entre estados, nações e entes multilaterais?

Enfim, tanto no Brasil como alhures, são momentos profundos de incertezas. Não de ajustes no desenho institucional vigente, mas uma busca de novos mecanismos e meios sociais, econômicos e políticos que resguardem um bem-estar coletivo e global. Ver o Brasil como uma possível solução e não, pelo menos por enquanto, como mais uma vítima, deverá ser um sentimento único e inédito na história deste país.

13 de abril de 2011

Duas Cidades.



 

Dai-me o que te sobra, pobre defunta. O que te resta é bem pouco, quase nada. Antes do teu derradeiro suspiro, realenta minhas memórias. No teu olvido estará minha tristeza. Na tua lembraça, minha alegria. Não ouse despertar! Da tua presença vivem os abutres. Relute, e eles persistirão. Definhe, e eles irão. Me alegro da tua partida, pois de ti vem a vida deles. Não reclames, compadeço da tua resistência, mas não reclames. Sinta minha mão úmida na tua face, toma um afago do calor do meu sopro; não ouse disto recobrar sentidos e forças. Simplesmente, te peço, vá.

Imagino. Um dia deverás ter tido alamedas, passeios e arremedos de ramblas. O sol deveria, depois de uma espera ansiosa, achar-te uma das mais belas, das mais iluminadas e arejadas. Inflada duma brisa verde e crespa, que te percorria, por tuas sendas, soprando por dentre tuas esponjinhas. Que delícia!

Ao norte, teu mar, impassivo e inquieto, na eterna cobiça do teu costado. Maravilhado com esta esplendorisade em forma axadrezada. Suspirando através das ondas, relutando em te deixar ganhar espaço e, ao mesmo tempo, como prova de um amor indelével, entrega-te território. Um ou dois momentos de charme, mas até a retumbância deste gigante cede aos teus anseios. Sedutora.

E a minha face? Uma dentre tantas? Tomava gosto por ti na minha infância. Eu permitia, com inocência, que tuas paragens fossem gravadas nos preciosos registros da minha memória. É verdade... não apenas tuas paragens, mas teus aromas árboreos. Aquelas tuas sombras, usinas de frescor, enfrentavam teu grande amor celestial. Por onde andará aquela tua beleza de outrora, minha preciosa?

Ir e vir. Tamanha liberdades que me davas. Não queria que o tempo passasse enquanto te percorria, preciso te confessar isto também? Meus olhos eram teus em cada reparo de esquina. Curtia mesmo estes teus infinitos caminhos. Ah! E quantos prazeres bobos existiam perdidos por eles. Quantos destes prazeres se foram sem que deles, em ti, nada fora gravado.

Não vou prolongar nossa agonia, não vou. Mas não poderia deixar-te sair daqui sem um par de recordações. Uma delas era quando a chuva molhava teus mantos. Aliás, antes mesmo desta chegar, tu permitia um aroma ser exalado, avisando da chegada daquela. O arauto do vento fresco trazia um alívio. A melancolia da chuva, através de ti, também significava relento. Tuas lagoas e riachos suprimidos eram os únicos a refugar. Não queriam desaparecer, assim, de pronto e sem vestígios. Hoje estão, além dos subterrâneos, apenas nas memórias.

Já não te sobras tempo. Nem te atrevas. Bem sabes que as forças contra tua sobrevivência hão de persistir. Então? Foge daqui. Ouves? Ainda reverba, no pisar destes que insistimos em ti, o pio da tua alma, que desconfiava já haver partido. Néscia. Te conforto. Muitas semelhantes de ti são hoje apenas escombros, não serás a primeira, meu amor. Não me atrevo a pronunciar o nome delas aqui, no teu leito, mas foram muitas. Levadas, saqueadas, reerguidas e, novamente, destruídas. Avassaladas pelos passos dos homens, tal qual teu futuro. Nossa vida em comum chega ao fim.

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Tinha este texto repousando na minha área de trabalho. Se está correto e claro, eu não sei, mas reflete, com sinceridade, os sentimentos atuais que tenho em relação à cidade de Fortaleza. Sou defensor eterno do estado social. Jamais enfrentaria uma administração que compartilhe desta ideia. Mas é através da percepção de um cidadão ordinário com este escriba que fiz estas inquietas reflexões.

Não desconsidero outros aspectos da administração municipal. Apenas questiono o aspecto estético e urbanístico, componentes atrativos na busca de uma urbe civilizada. É a aparente falência das ações desta administração.

Enfim, no dia do aniversário de 285 da minha cidade, postei meu texto-desabafo. De todas as formas, parabéns Fortaleza!

7 de dezembro de 2010

Love will tear us apart.

Morre não, bloguezim, morre não!

Assuntos não faltam. Assuntos verdadeiros não faltam. Falar por falar, escrever por escrever? Não. Escrever por prazer, para construir e edificar. Realçar um pensamento, transmutar uma ideia. Assassinar outras. Enfrentar a fácil ignorância absoluta da sociedade, imbuída e banhada em um oceano de meios, no meio de uma seca de atitudes.

É uma grande lástima. Tanto que se pode mudar, e tanto que se continua no erro, no marasmo. Uma cidade cinza, antes colorida e fluía. Uma cidade estancada no descaso de século passado. Uma política que nem sequer menção merece. Um afã de cidadania contra uma muralha de egos. Matem-se! Melhor assim seria. Nebuloso porvir. Energia desperdiçada cobra fatura, cedo ou tarde.

Morre não, bloquezim, morre não!

Difícil decolagem.

Em um país repleto de limitações institucionais, recheado com uma sociedade das mais desiguais que existe sobre a face do globo terrestre,...