27 de maio de 2006

Sigamos!


"Em seu livro 'Guerra Civil – Estado e Trauma' (Geração Editorial), Luís Mir, escreve: 'O Estado brasileiro optou pela guerra civil, uma guerra dolorosa que empilha cadáveres com frieza nazista e fúria primitiva. As vítimas desta guerra são os pobres, que vivem em permanente estado de tensão e terror. As mortes desta guerra chegam a 150 mil por ano e elas custam, para o Estado, metade do que o país gasta com saúde'. O problema é que a quase totalidade dessas mortes não tem qualquer repercussão na mídia. Ninguém fica sabendo nada sobre elas. O nome das vítimas, o que faziam, o que suas famílias (aqueles que ainda tinham) sentiram e sofreram, quais foram os projetos de vida interrompidos: todas essas informações cairão para sempre no esquecimento; todas essas histórias de vida, é como se nunca tivessem existido." De Marco Aurélio Weissheimer, em:

http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=11285


Sigamos! Com nossa novela, Copa do Mundo, banda larga, revista; Com nosso jornal, bbb, cartão, 8 anos, hexa. Morram eles, expirem eles, agonizem eles, maldigam eles. Sigamos aqui, eles lá. Enquanto eles morrem em silêncio, nós seguimos em arruaça. Acreditando naquilo que lemos e não lendo aquilo que acreditamos. Bom domingo para todos, melhor, quase todos.

Difícil decolagem.

Em um país repleto de limitações institucionais, recheado com uma sociedade das mais desiguais que existe sobre a face do globo terrestre,...