7 de dezembro de 2010
Morre não, bloguezim, morre não!
Assuntos não faltam. Assuntos verdadeiros não faltam. Falar por falar, escrever por escrever? Não. Escrever por prazer, para construir e edificar. Realçar um pensamento, transmutar uma ideia. Assassinar outras. Enfrentar a fácil ignorância absoluta da sociedade, imbuída e banhada em um oceano de meios, no meio de uma seca de atitudes.
É uma grande lástima. Tanto que se pode mudar, e tanto que se continua no erro, no marasmo. Uma cidade cinza, antes colorida e fluía. Uma cidade estancada no descaso de século passado. Uma política que nem sequer menção merece. Um afã de cidadania contra uma muralha de egos. Matem-se! Melhor assim seria. Nebuloso porvir. Energia desperdiçada cobra fatura, cedo ou tarde.
Morre não, bloquezim, morre não!
É uma grande lástima. Tanto que se pode mudar, e tanto que se continua no erro, no marasmo. Uma cidade cinza, antes colorida e fluía. Uma cidade estancada no descaso de século passado. Uma política que nem sequer menção merece. Um afã de cidadania contra uma muralha de egos. Matem-se! Melhor assim seria. Nebuloso porvir. Energia desperdiçada cobra fatura, cedo ou tarde.
Morre não, bloquezim, morre não!
7 de julho de 2010
Ciudades Eternas.
Habrán ciudades eternas
En sus calles, todavía, los pasos son de silencio
Sus ruidos caminan por acá
Sus voces acuestan en otros lechos.
Habrán ciudades eternas
En sus días, todavía, no existen sombras
La suciedad de los zapatos dejan huellas por acá
Los amores desquiciados suspiran bajo estas noches
Sí, la vida allá aún espera
Espera por la muerte
La última despedida bajo nuestro Sol
Que habrá de traer
Para la ciudades eternas
Todas las sonrisas y lágrimas
30 de novembro de 2009
Notícias da Concretolândia, (Concretoland Chronicles, para os bilíngües)
O apartamento queimou, o gerente endoidou e os preços estão em euro. Putz!
Chapéu-de-Couro, vulgo Pimpolhão Bonitão, terminou suas aventuras pelas gélidas terras de Mossoró. E nos diz:
- É muito bonito Mossoró, você vê os pardais voando, batendo uma asa e com a outra se abanando.
Fez parte, por dois dias, da cena cultural da capital do hotel das águas calientes. Conheceu poetas, escritores, bibliófilos, dono de famoso botequim e até a potiguar Miss Brasil, que não é a 2000, mas é a doismiu inove. Solenemente dispensada, pois atende pela mesma alcunha da finada. Faltaram na lista cordelistas e repentistas, mas a cidade como aquela não se consome duma vez. Que o diga Jararaca!

Logo, foi passear nas desmedidas salinas de Areia Branca, que, diga-se, pronta para um formoso embuste num fim de semana de veraneio, acompanhado de amigos beaujolais. Engôdo nas tripas não impediu aos seus ouvidos a chegada da prosa daquele gigante do sal. Mais de quarenta anos na labuta do cloreto mais essencial. Foram-se os homens. Deles, apenas doutros dependem a memória. Foram-se os lombos carcomidos, chegaram as esteiras inabaláveis. Curado pelo sumo do caju, o dia quase que realmente começou. Pode participar, já de maneira ativa, do resto da jornada.
Se o caju curou as tripas, os olhos foram premiados pelas marolas da beira-mar areia-branquense. O passeio chamou o homem à pesca, mas num pode este lançar anzol, já que de suas tralhas não tinha a companhia. Logo no Tirol, pensou ver alguma barcaça, mas não; tampouco saiam navios singrando para o horizonte, com marinheiros ignorantes do destino. Apenas um choque-choque das ondas nos moles e narrativa de douto filho.
A cidade de Mossoró é repleta de encantos. Apesar de calorosa, permanece arejada e conta com vistoso zelo. Casarões históricos ainda existem, com moradores, jardins, vizinhos, etc. Sem cara de persistir, apenas a frugal participação na vida da cidade. Respiram como fazem já há algumas décadas. Babinha de inveja escorreu da boca do cearense. 1326 é o número do encanto, desconhecendo o nome do logradouro.

Assim como existem estes diamantes arquitetônicos, outros de carne e osso têm maior valor. Peças que fazem das ruas de Mossoró artérias para circulação destas riquezas. Hilda e Zé Rodrigues são os nomes de algumas das peças mais antigas, esmerilhadas de boas memórias. Das mais moles, cepas de nome David e Arcanjo, trazem a certeza de fartura no futuro. Boas novas sempre virão do oeste potiguar. Todas, se escaladas em quilates fossem, não haveria arca no mundo para suas dimensões.
E estar no ar a pesquisa do ciclista Caucaia: qual o melhor time do futebol cearense?
A. Ceará
B. Icasa
C. Fortaleza.
D. Calouros
F. Ferroviário
Não vale colar. Por falar em duas rodas, hoje tem passeio biciclistíco e contamos com a participação de Chico Pezão.
Abs e boa semana. Gúdi uique!
Chapéu-de-Couro, vulgo Pimpolhão Bonitão, terminou suas aventuras pelas gélidas terras de Mossoró. E nos diz:
- É muito bonito Mossoró, você vê os pardais voando, batendo uma asa e com a outra se abanando.
Logo, foi passear nas desmedidas salinas de Areia Branca, que, diga-se, pronta para um formoso embuste num fim de semana de veraneio, acompanhado de amigos beaujolais. Engôdo nas tripas não impediu aos seus ouvidos a chegada da prosa daquele gigante do sal. Mais de quarenta anos na labuta do cloreto mais essencial. Foram-se os homens. Deles, apenas doutros dependem a memória. Foram-se os lombos carcomidos, chegaram as esteiras inabaláveis. Curado pelo sumo do caju, o dia quase que realmente começou. Pode participar, já de maneira ativa, do resto da jornada.
Assim como existem estes diamantes arquitetônicos, outros de carne e osso têm maior valor. Peças que fazem das ruas de Mossoró artérias para circulação destas riquezas. Hilda e Zé Rodrigues são os nomes de algumas das peças mais antigas, esmerilhadas de boas memórias. Das mais moles, cepas de nome David e Arcanjo, trazem a certeza de fartura no futuro. Boas novas sempre virão do oeste potiguar. Todas, se escaladas em quilates fossem, não haveria arca no mundo para suas dimensões.
A. Ceará
B. Icasa
C. Fortaleza.
D. Calouros
F. Ferroviário
Não vale colar. Por falar em duas rodas, hoje tem passeio biciclistíco e contamos com a participação de Chico Pezão.
Abs e boa semana. Gúdi uique!
10 de julho de 2009
6 de abril de 2009
De Epicuro à Stalingrado.
Escrita em 03.10.2006. Publicada 07 de abril 2009.
"É melhor ser infeliz racionalmente, que feliz irracionalmente", Epicuro.
Esta máxima, escrita há mais de dois milênios, transborda sua verdade até a realidade que cerca as sociedades com as bases consumistas do presente. Uma fortuna de meios materiais e econômicos que permite a estas sociedades um deleite de prazes corporais sem limites. A irracionalidade permite a felicidade e a razão traz a infelicidade, em uma visão diferente. E é, principalemte, através da história e da sociologia que se indaga até que ponto a irracionalidade tem que ir para garantir a felicidade fantasmagórica que se tenta vender.
A história faz seu papel muito além do que outras ciências são capazes. Como não há meios concretos de previsão do futuro, é pelo passado que se prevê e tomam-se as lições para o presente, e é disto que deve viver a história. E são em momentos críticos da humanidade, aparte nossa reconhecida fraqueza pelas guerras, como os conflitos entre nações que se pode absorver lições positivas e negativas para o presente, por que não futuro. E destes conflitos, aquele ainda fresco, pois foi cotidiano para duas gerações atrás, é a II Grande Guerra. E dentro deste, o desenrolar da frente leste foi o mais dramático. Na nossa sensibilidade, por dois motivos: pelo frágil caráter que já apresentava a extinta União Soviética e pela insanidade rotular que acompanha os gênios dos dois antagonistas: José Stalin e Adolfo Hitler.
"É melhor ser infeliz racionalmente, que feliz irracionalmente", Epicuro.
Esta máxima, escrita há mais de dois milênios, transborda sua verdade até a realidade que cerca as sociedades com as bases consumistas do presente. Uma fortuna de meios materiais e econômicos que permite a estas sociedades um deleite de prazes corporais sem limites. A irracionalidade permite a felicidade e a razão traz a infelicidade, em uma visão diferente. E é, principalemte, através da história e da sociologia que se indaga até que ponto a irracionalidade tem que ir para garantir a felicidade fantasmagórica que se tenta vender.
A história faz seu papel muito além do que outras ciências são capazes. Como não há meios concretos de previsão do futuro, é pelo passado que se prevê e tomam-se as lições para o presente, e é disto que deve viver a história. E são em momentos críticos da humanidade, aparte nossa reconhecida fraqueza pelas guerras, como os conflitos entre nações que se pode absorver lições positivas e negativas para o presente, por que não futuro. E destes conflitos, aquele ainda fresco, pois foi cotidiano para duas gerações atrás, é a II Grande Guerra. E dentro deste, o desenrolar da frente leste foi o mais dramático. Na nossa sensibilidade, por dois motivos: pelo frágil caráter que já apresentava a extinta União Soviética e pela insanidade rotular que acompanha os gênios dos dois antagonistas: José Stalin e Adolfo Hitler.
4 de março de 2009
Março 2009.
O Brasil às vezes parece que não pára no tempo, mas sim, volta, atrasa. Anda para trás. Não crê?
José Sarney, presente na vida política de Brasília desde que o Sol ilumina, regressa mais uma vez à presidência da casa. Como beneplácito e voto de seus amigos e colegas senadores. Sua filha está a um passo de ser empossada como governadora do Maranhão, já que o governador eleito em 2006 foi cassado. Fica no cargo até findar opções de recurso. E o estado do Maranhão continua um dos mais pobres do nosso país.
O ex-presidente da República, extraído do cargo por motivos diversos, agora é o presidente da Comissão de Infra-estrutura do Senado. Além de ser senador, que já causa desconforto, o dito cujo cuidará de obras... licitações. Precisa de mais nada. Se você ainda estiver conseguindo ler isto, o último caso é um atestado de quase insolvência moral de nossa sociedade.
Um caso que causou muito consternação na cidade de Fortaleza, no longínquo ano de 1993, regressa aos jornais. O motivo não poderia ser mais triste. Em 28 de dezembro do referido ano, após uma discussão no trânsito, uma jovem, de nome Renata Braga, foi morta com um tiro na cabeça. Eis que, o presunto assassino, já foi julgado duas vezes. Ambos julgamentos anulados pelo Tribunal de Justiça do Ceará. Agora, com a segunda anulação, em 16 anos, o acusado será julgado pela terceira vez.
Assim, se não fosse por esta tela de LCD diante dos meus olhos, poderia pensar que ainda somos tricampeões do mundo de futebol. Que o ano de 1993 ainda não terminou, que Collor não voltará nunca mais a política, que a família Sarney irá para o ostracismo, já que em decádas no poder, não consegue desenvolver o estado que lhe elege anos após ano. E por útlimo, que o presunto assassino de Renata Braga não precisará de um 3º julgamento (porque não pensar em 4º, 5º, 6º ...) já que a estudante regressou para sua casa na noite de domingo, 28 de dezembro, e passará o fim de ano com a família.
José Sarney, presente na vida política de Brasília desde que o Sol ilumina, regressa mais uma vez à presidência da casa. Como beneplácito e voto de seus amigos e colegas senadores. Sua filha está a um passo de ser empossada como governadora do Maranhão, já que o governador eleito em 2006 foi cassado. Fica no cargo até findar opções de recurso. E o estado do Maranhão continua um dos mais pobres do nosso país.
O ex-presidente da República, extraído do cargo por motivos diversos, agora é o presidente da Comissão de Infra-estrutura do Senado. Além de ser senador, que já causa desconforto, o dito cujo cuidará de obras... licitações. Precisa de mais nada. Se você ainda estiver conseguindo ler isto, o último caso é um atestado de quase insolvência moral de nossa sociedade.
Um caso que causou muito consternação na cidade de Fortaleza, no longínquo ano de 1993, regressa aos jornais. O motivo não poderia ser mais triste. Em 28 de dezembro do referido ano, após uma discussão no trânsito, uma jovem, de nome Renata Braga, foi morta com um tiro na cabeça. Eis que, o presunto assassino, já foi julgado duas vezes. Ambos julgamentos anulados pelo Tribunal de Justiça do Ceará. Agora, com a segunda anulação, em 16 anos, o acusado será julgado pela terceira vez.
Assim, se não fosse por esta tela de LCD diante dos meus olhos, poderia pensar que ainda somos tricampeões do mundo de futebol. Que o ano de 1993 ainda não terminou, que Collor não voltará nunca mais a política, que a família Sarney irá para o ostracismo, já que em decádas no poder, não consegue desenvolver o estado que lhe elege anos após ano. E por útlimo, que o presunto assassino de Renata Braga não precisará de um 3º julgamento (porque não pensar em 4º, 5º, 6º ...) já que a estudante regressou para sua casa na noite de domingo, 28 de dezembro, e passará o fim de ano com a família.
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