17 de novembro de 2006
Mais um.
1 de novembro de 2006
Definitiva.
É chegada a hora. Antes de todos, a imprensa deve ser o carro abre-alas, passar pelos paralelepípedos de cada cidade brasileira com sua fronte aberta e vulnerável; demonstrando que não está sob uma estufa de vidraças finas. Mas fincada e protegida por um padrão de qualidade jornalística além de certificados e afins. Um padrão que saía em suas reportagens diárias e que na primeira luz do dia pululam os lares do Brasil. Não mais apenas através do antigo par papel e tubo de raios catódicos. Também através dos novos meios. Exemplo daqueles é permanência do Radio Ga-ga, que não morreu, tampouco perdeu sua glória e se fortalece através das rádios comunitárias. Destes, a internet, que catalisa o processo: a informação perdeu seus habituais donos no Brasil.
Determinante do destino de guerras por toda a história, o fato de deter ou não informações afeta desde a mais isolada aldeia de índios a maior metropole no território brasileiro. E principalmente aí é que os efeitos da presente libertação são sentidos e disseminados. As grandes cidades, as metrópoles, friccionam suas massas, atráves dos referidos meios que libertam a informação e destroem o frágil castelo de cartas. Se espalha na boca miúda aquilo que ao falso jornalismo desinteressa sair para o público.
Um efeito notável é a diminuição da barreira moral existente no momento de expressar uma opinião diversa daquela apresentada em uma matéria feita por um jornalista sem compromisso profissional. Em especial, quando coincide a existência de altos interesses em sua aparente veracidade. Discutir fatos e idéias não oferecidos pelos estabelecimentos que ocupavam o púlpito. E, mais além, depurar e extrair daqueles fatos e idéias oferecidos pelo establishment o quê antes não se percebia e, então, a apoteose: criar opiniões distintas, discordar, colidir. E a repetição deste processo em um ritmo mais frenético e frequente gerou a definitiva erosão. Resultado: uma considerável parte do povo exibe seus triunfos e diz: "- Veja César! O império não é apenas seu! Sua Roma cai. A cidade antiga que você pretendia que durasse eras, rui." A jovem democracia brasileira trêmula menos e aparenta consolidar firmeza e esta geração é cúmplice de seu destino.
http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=12733
29 de outubro de 2006
Até quando?
A água continua passando pelo rio e a política dura republicana dos EUA permanece indefensável como sempre foi. Já estão na casa do meio milhão e contando. É como se 1/4 da população de Fortaleza deixasse de existir. E não existe apenas o "morreram meio milhão", mas também como foram as mortes. A mesma democracia que não permite uma torta de maçã ser servida sem aviso de "Cuidado! Recheio quente!" é a mesma que tolera o fato de um respeitável número da população civil de um país ser morto por interferência direta de sua política exterior. Se há algo estranho que explique esta tolerância, o consolo existe: sem dúvida, será esta mesma democracia que retirará de GWB sua legitimidade de continuar matando iraquianos e norte americanos.
"Por que este homem na Casa Branca? A maioria dos Americanos não votou nele. Por que ele está lá? E eu digo para você hoje que ele está na Casa Branca porque Deus colocou ele lá para um situação como esta." Ten. Cel. William Boykin, falando sobre George W. Bush (New York Times, 17 Outubro de 2003.
"Deus deu o salvador para o povo Alemão. Nós temos fé, profunda e inabalável fé, que ele foi enviado para nós por Deus para salvar Alemanha." Hermann Goering, falando de A. Hitler
"Um tirano deve em sua aparência ter incomum devoção à religião. As pessoas são menos apreensivas de comportamento ilegal de um governante o qual elas considerem temente a Deus e pio. Por outro lado, elas fazem com menos facilidade algum movimento contra ele, acreditando que ele tem Deus ao seu lado". Aristóteles
18 de outubro de 2006
Deixe que fale Neruda...
ALIANZA(Sonata)
De miradas polvorientas caídas al suelo
o de hojas sin sonido y sepultándose.
De metales sin luz, con el vacío,
con la ausencia del día muerto de golpe.
En lo alto de las manos el deslumbrar de mariposas,
el arrancar de mariposas cuya luz no tiene término.
Tú guardabas la estela de luz, de seres rotos
que el sol abandonado, atardeciendo, arroja a las iglesias.
Teñida con miradas, con objeto de abejas,
tu material de inseperada llama huyendo
precede y sigue al día y a su familia de oro
Los días acechando cruzan el sigilo
pero caen adentro de tu voz de luz.
Oh dueña del amor, en tu descanso
fundé mi sueño, mi actitud callada.
Con tu cuerpo de número tímido, extendido de pronto
hasta cantidades que definen la tierra,
detrás de la pelea de los días blancos de espacio
y fríos de muertes lentas y estímulos marchitos,
siendo arder tu regazo y transitar tu besos
haciendo golondrinas frescas en mi sueño.
A veces el destino de tus lágrimas asciende
como la edad hasta mi frente, allí
están golpeando las olas, destruyéndose de muerte:
su movimiento es húmedo, decaído, final.
2 de outubro de 2006
Resposta a um e-mail.

Amigo,
Também não foram poucas as vezes que se demonstrava a impotência relativa destes mesmos funcionários em saber de um esquema e não poder ir adiante em investigações ou coisas do gênero por que sabiam que o status quo dos grupos políticos dominantes de então deveriam ser mantidos. Mais de uma vez foi relatado para nós patrimônios de funcionários públicos, que ganhavamm sálarios módicos, estarem nas casas de centenas milhar ou unidades de milhão. Fosse por demagogia, desabafo, ou inimizade mesmo, estes professores, homens bem sucedidos, relatavam para a classe inteira alguma experiência ruim que haviam passado durante o dia por que viram que o sucesso profissional deles era uma coisa muito aparente e inútil. Por que de nada valia todas suas prerrogativas legais e pessoais para investigar este ou aquele caso, esta ou aquela pessoa, se eles tinham a certeza de não encontrar um clamor popular que fosse possível respaldar qualquer atrevimento que eles pensassem em ter. Clamor popular que só a imprensa é capaz de formentar, quando não criar. É um confronto que deixa de ser jurídico e passa a ser político. Estes profissionais sabem que neste nível de disputa a força política dos bastidores ganha da legalidade do papel.
Abraços e lembranças, Nivardo.
----- Original Message -----To: nivardoFrom:
Sent: Tuesday, October 03, 2006 12:08 AMSubject: Re: Significados da derrota e da vitória.Isto é o que se pode chamar de um texto imparcial. Com uma análise profunda e isenta da situação política.Muito bom. Vc deve pensar, né?Vc também tem algum texto do Emir falando do escândalo dos sangue-sugas, do mensalão, do dinheiro na cueca, da quebra do sigilo bancário do caseiro, da origem do dinheiro para comprar por R$1,7M um tal dossiê, do investimento de R$5M da Telemar na empresa do Lulinha, das notas frias do cartão de Crédito da presidência, do dinheiro do duda mendonça, do Carequinha, lembra??..., dos amigos dos filhos do lulinha viajando as nossas custa com aeronaves da fab,O Lula está fazendo conchavo até com Newton Cardoso,....não dá. É muito mau carater.
Nivas, continue assim, vc vai acabar fazendo parte do núcleo burro,... digo duro do PT.
On 10/2/06, nivardo <nivardomelo@gmail.com> wrote:
23/09/2006, por Emir Sader.Significados da derrota e da vitória
A política econômica, tal qual transparece claramente do discurso de campanha tucano, seria uma retomada forte dos contornos mais ortodoxos do modelo liberal. O "choque de gestão" que Alckmin anunciou – e deixou guardado, pelo contraste altamente negativo para ele diante do "choque social" com que Lula respondeu – expressa isso, além da equipe econômica que ele ameaçou lançar mão. Seria uma retomada da política econômica de FHC onde este havia sido obrigado a deixá-la: a privatização da Petrobrás, da Eletrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, voltariam centralmente à pauta do governo. FHC recém acabou de reivindicar seu processo de privatizações, fortalecendo o compromisso programático dos tucanos com o liberalismo econômico ortodoxo.
A política internacional tucana aponta claramente – nas declarações do candidato e de FHC – para um abandono da centralidade d eixo Sul/Sul e a retomada de relações privilegiadas com os EUA, que implicariam no fim definitivo do Mercosul e na aceleração da Alca, com a assinatura de Tratado de Livre Comércio com os EUA.
As políticas sociais voltariam à inocuidade que tiveram nos 8 anos em que foram dirigidas pela ex-primeira dama, Ruth Cardoso, retomando a centralidade das metas econômico-financeiras. No plano educacional, a privataria, que multiplicou como nunca na nossa história as faculdades particulares, retomaria seu caminho. Os movimentos sociais – o MST em primeiro lugar – seriam vítimas de repressão e criminalização. O salário mínimo seguiria defasado em termos de poder aquisitivo diante dos preços, a desigualdade retomaria seu caminho histórico de consolidação.
Não é estranho, diante da possibilidade que a oposição de direita propõe – ou ameaça -, que o pronunciamento das urnas se anuncia como uma vitória esmagadora do governo Lula. Apesar de não haver saído do modelo econômico neoliberal – responsável pelo baixo crescimento econômico -, apesar da política que tem favorecido os trangênicos em detrimento da política de auto-suficiência alimentar, do andamento lento da reforma agrária, da repressão às rádios comunitárias, do pouco incentivo ao software alternativo –, apesar disso tudo, o povo percebe que a melhor alternativa hoje é a da reeleição.
A derrota do bloco tucano-pefelista será uma grande derrota da direita no Brasil. Ela ganhou nova cara com o governo FHC, que promoveu a aliança da elite paulista com a nordestina, em torno do plano de estabilidade financeira, da privatização, da abertura acelerada da economia, da desregulamentação, da projeção do capital financeiro – em sua forma especulativa – ao posto hegemônico na economia, entre tantas outras coisas, todas regressivas e negativas para o Brasil. O espaço para o crescimento e fortalecimento da esquerda voltará a ser amplo. Para o que será necessário que o governo leve à prática um novo modelo econômico, com crescimento, distribuição de renda, criação de empregos, fortalecimento da organização popular, consolidação dos projetos de integração regional e de articulação com o Sul do mundo.
Essa derrota deve representar uma nova oportunidade para formular e desenvolver um projeto posneoliberal, valendo-se da divisão e desconcerto que já se apossou da direita – dos seus lideres políticos, dos seus cronistas na mídia, dos dirigentes partidários. Valendo-se também do novo caudal de votos recebidos, da composição claramente popular dessa votação, da desarticulação dos discursos da direita, abre-se espaço para um discurso de democratização social, de soberania nacional, de integração regional, de reformas democráticas do Estado e do conjunto do sistema político.
Essa nova oportunidade será, ao mesmo tempo, uma nova oportunidade para a esquerda se recompor, recuperar capacidade de formulação de propostas e de mobilização social, de protagonismo político – nacional, regional e internacional -, enfim, reaparecer como alternativa para a crise hegemônica em que vive o país, produto das políticas neoliberais. Para que a derrota do bloco de direita – tucano-pefelista – represente realmente uma vitória da esquerda e do movimento popular.
23 de setembro de 2006
...bip ....bip ...bip!

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