Das coisas que te quero dar, tantas
estrelas e saudades para compartilhar. O fundamental é mesmo a tua
companhia, de todas as ausências, a tua é a que não suporto. Precisando
respirar, vou em ti buscar meu alento. Encontrar minhas possibilidades
no vislumbre da tua beleza, sentir o teus aromas, a cada despertar que
compartilharmos. Sozinho não quero mais, é preciso dividir nossas dores.
Daquilo que me pedes, não sinto limites para teus desejos. Sou teu desejo em si. A consciência alheia de minhas vontades pertence aos teus anseios. É demais, mas é o que pede meu peito, é a fluência dos meus sentidos centrado em única sensação: o anseio de ti.
Daquilo que me pedes, não sinto limites para teus desejos. Sou teu desejo em si. A consciência alheia de minhas vontades pertence aos teus anseios. É demais, mas é o que pede meu peito, é a fluência dos meus sentidos centrado em única sensação: o anseio de ti.
Na
minha ronda pela tua presença, um vazio caminha naquilo que chamo de meu
corpo. No que resta do meu brio, são teus breves vestígios que me regam
a alma. A alma que por ti permanece.
Na distância é
difícil ver tudo isto. Mas de perto a desolação é obtusa, sonegada.
Diferente, pois, não seria. De outra forma, aproxima-te de mim que
renasço. Me abrigo em ti e compartilharemos as estrelas e as
constelações.
Veremos o teu Carneiro de Áries altivo entre o Touro e Peixes.
Sob as estrelas, e nenhuma outra testemunha, vou te contar mil segredos
dos mundos que vi, das terras de Hades às planícies de Hera.
Com
tuas mãos dentre as minhas, selaremos o cavalo alado e margearemos o
Erídano. Nossa derradeira viagem nunca chegará: viveremos no conto dos
poetas, na prosa do desocupados e, ignorantes destes, ocuparemos nosso
próprio locus na infinitude das luzes eternas.