Cavalos marinhos. Fale deles para mim. Explique a natureza. Explica para mim a tua beleza. Desconhece teu sorriso. Traz a ventura do teu rosto com a esperança nele contida. Naqueles dias que você existe, minha supremacia sobre todos é absoluta. Me parte a vida naquilo que está você.
Cada alvorada, cada remanso, cada ocaso do sol, ali estarão nossas imagens. Nossa teimosia em inventar o amor. Me diz o que acontece enquanto não existimos. Quem dirá aquilo que sou, se não você? Quem serei eu, se não tudo aquilo que está dentro de você? Só um alguém, de acordes perdidos, sem melodia, nem tom. Não desista de nossa prosa. Dela tiro meu mundo.
Pode continuar, os cavalos marinhos ali estão, sob as águas, flutuando entre nós dois. Não haverá interrupção. Enquanto eu procurava achar alguém, eles estiveram sempre ali. Meu amor por ti que não havia nascido. Nossas paralelas que se cruzaram, não razão improvável do mundo e de nossos espíritos. É estranho aquilo que me descreve. O nosso encontro. Comento contigo nossa aparência. Sorria contigo nossas diferenças. Fazer nós dois será tudo que me resta? Estará aí quando eu complete a resposta? A nossa amizade também estará na razão de um amor em asilo?
Tenho andado distraído, na cama tuas conversas têm todo o tempo do mundo. Sempre em frente quando o sagrado e selvagem do nosso comum chamar. Te darei a eterna tempestade do tempo para que você me abrace forte e me conte dos cavalos marinhos, no escuro.