25 de maio de 2007
Coisas Boas 2!
Depois de quase um ano (Coisas Boas I!) aqui vai uma nova seleção:
Rolling Stone - She´s A Rainbow
Jards Macalé - ...dois corações
Jazzamor - around'n'around
Paula Morelenbaum - Brigas nunca mais
Pink Floyd - Flaming
Kon Kan - I beg your pardon
Smiths - Please please please let me get what I want
U2 - The Three Sunrises
U2 ft. Johnny Cash - The Wanderer
Flock of Seagulls - Space Age Love Song
Magnetic Fields - Yeah! Oh, Yeah!
Belle & Sebastian - Rollercoaster Ride
Mano Negra - Guayaquil City
Nena - Liebe Ist
Echo and the Bunnymen - Nothing lasts forever!
The Go-Betweens - Here Comes a City
Mother Love Bone - Man of Golden Words
Nicky & Nicky - Souvenir
Sigur Ros - Procure conhecer estes caras, muito bons!
23 de maio de 2007
Essa briga eu vou comprar. Primeira viagem ao lago.
Um raio não deve cair duas vezes no mesmo lugar. Como a fábula do beija-flor e o incêndio na floresta, aqui vai minha primeira viagem ao lago. Destaque para o segundo texto no Centro de Mídia Independente, que aqui extraio:
"O Iguatemi Empresarial, cujas obras ainda não começaram (ainda bem, e queremos impedir que comecem), está para se localizar bem próximo da mata ciliar do rio Cocó na avenida Engenheiro Santana Jr. O trânsito na área já é bastante intenso e caótico, desde o cruzamento dessa avenida com a Antônio Sales até a FA7, passendo pelo Iguatemi e pela Unifor. A poluição sonora já é tanta! A nossa cidade é o que está em jogo!"
"O Iguatemi Empresarial, cujas obras ainda não começaram (ainda bem, e queremos impedir que comecem), está para se localizar bem próximo da mata ciliar do rio Cocó na avenida Engenheiro Santana Jr. O trânsito na área já é bastante intenso e caótico, desde o cruzamento dessa avenida com a Antônio Sales até a FA7, passendo pelo Iguatemi e pela Unifor. A poluição sonora já é tanta! A nossa cidade é o que está em jogo!"
Links externos:
Prefeitura de Fortaleza
Centro de Mídia Independente aqui e aqui
22 de maio de 2007
Hiroshima.
Esse vai em inglês mesmo. Foi um comentário que deixei neste excelente blogue: Fogonazos. Leia o post antes de ler meu comentário. As fotos são de uma carcaça de bomba atômica do mesmo tipo da Little Boy, solta sobre Hiroshima, tiradas no Imperial War Museum.
It's not about 1945's Japan or U.S. It's not about us and them. It is about humans been doing this since theirs very early days. The bomb was an instrument of this capability of doing evil to ourselves. It should remain as a symbol of the rational power to kill that we have. It's a terrible power that should not be used. But what happens is just the contrary: it is the rule. Humanity killing humanity. The bomb is grain of dust in our evil self history. So, our rational power should be used to educate ourselves to get rid of such capability. But what we find? A bunch of nations with an arsenal ready to clean the surface of Earth. A percentage of world population ready to extinguish itself. For that, a return to my firsts words: it is not about nations or momentum, it is about not destroy ourselves and debate it in a effective way. The existence of such arsenal is equivalent to the bombing itself. A realistic viewer can says that the very tomorrow doesn't exists, for the such power that we created and had on constant stand by. A fantasious viewer can says that we should get rid of this power to get the reason out from the realistic viewer. But, that´s a debate as far as the pain showed in these photos.
17 de maio de 2007
R$ vs. US$.
Vou me atrever num assunto que domino muito menos que os outros. Com base nestes dois textos (este e este), creio que um setor industrial de um país como o Brasil não pode ficar choramingando por intervenções na taxa de câmbio de maneira intencional pelo BC a fim de diminuir a valorização do real e, em conseqüência, trazer atratividade para sua produção pelo critério preço-câmbio. Melhor dizendo: deve ser buscada pela indústria outras formas de incutir qualidades em seus produtos além do fator preço com base na valorização, a exemplo da sua modernização no início dos anos 90. Uma estrada a ser pegue e não mais abandonada é enfrentar o governo em busca de uma arrecadação fiscal mais eficaz. Não se trata de pedir corte em alíquotas, creio. Mas sim tirar o efeito multiplicador negativo da carga tributária do processo industrial. Permitir que tanto fornecedores, indústria e consumidores vejam de forma mais ampla o preço cobrado pelo Estado desde as linhas de montagem até as prateleiras. Enfim, o planteamento deve ser para melhorar o papel do governo não na política financeira, pois esta cabe a um organismo que deve atuar independente da vontade de partidos políticos, mas sim em mostrar a fotografia de sua carga tributária para que possa ser discutido seu enxugamento desde o ponto de vista da ineficácia posta por esta.
Fiz muito feio?
Fiz muito feio?
16 de maio de 2007
Visita do papa.
Ouvi dizer de ouvir falar que o papa fez andanças pelo Brasil. Saiu dali, foi para acolá, só não passou por aqui. Deixou de falar o que tinha pra falar e falou o que não tinha. Pelo menos esta era minha primeira opinião quando ainda frescas suas palavras. Mas assentada a poeira e analisando com calma... Bom, meu novo julgo ficará para uma próxima, ou mais provável, para as mesas de bares. Enfim, da realidade paro por aqui, mas fiquei pensando em uma ficção: e se estivesse a oportunidade de encontrá-Lhe, o que iria pedir ao homem do anel do Pescador?
Bom não demorei muito a fazer mais uma viagem. Foi compacta e hilária. Imaginei se tal ventura ocorresse iria direto ao assunto. Sem discutir aquilo já aberto em seus discursos, ia fazer um pedido, sem delongas e senões. Chegaria e falava: "-Vossa Santidade, Eminência, Excelência, Autarquia imaculada, San Peter's Chair Man, Herr Ratzinger, Pastor Pastorum...(a embromação termina aqui), seria possível elaborar e assinar em meu favor uma bula? É, uma bula com Vossa firma, mas o conteúdo eu sugiro. Ela deve ter duas natureza, uma material outra espiritual. A material Você me concede uma quantidade de recursos suficiente para montar-me uma organização militar, de assassinos, para encurtar a conversa, capazes de enfrentar os desafios de logística e combate de nossos dias. Nada de cavalos e catapultas, vamos precisar de tudo do bom e do melhor, mas como vamos começar pelo Brasil, não vai precisar de muita coisa não, aqui o estoque é grande, só tem que pedir as pessoas certas, creia-me.
Se ele esboçar alguma reação de consentimento ou interesse eu continuaria:
- Entendeu? É só um início e não quero começar com nada grande, teria que fazer umas intervenções pontuais, depois acho que as massas nos respaldariam, orando em favor das prescrições contidas na bula, que depois a gente escolhe o nome com mais calma. Se até aqui ele continuasse de ouvidos para meu lado, eu passaria abreviadamente para a parte espiritual, a parte mais necessária de tarefa:
- Com estes recursos, que Você pode conseguir vendendo uma ou outra propriedade destas bandas, eu iria à caça de infiéis. Não me venha dizer que não posso fazer isto, pois sangue é o que não falta nas mãos de seus antepassados, não me reprove quanto a isto! Deixa eu chegar até o fim! - acho que aqui teria que amarrá-lo na cadeira ou pisar sobre sua capa branca para que ficasse sentado e a escutar.
- Preciso que consiga uma maneira de me revelar dentre Seus auto-proclamados seguidores, nascidos em terras de Tupã, os que pedem perdão dos deslizes terrenos da forma receitada por Sua doutrina e logo deixam dentro dos templos do Senhor toda e qualquer vontade de não cometer pecados, ao contrário, saem com a certeza de receber perdão dos novos pecados daqui 7 dias! É que acho que eles aproveitam do paradoxo: seguir dez regras, mas uma grande exceção para todas as dez, e assim esta gente tem atenção as dez regras, mas também usa e abusa da exceção, e assim segue a vida nestas paragens. Por isto Lhe sugiro: coloque na bula que devemos, meus assassinos, buscar aqueles que pregam e não praticam, acreditam no firmamento Divino, mas praticam o inferno para seus semelhantes, este tipo de gente o Senhor deve conhecer melhor que eu, até igrejas eles são capazes de erigir; enfim, quero que busque uma maneira de, pode ser até com meios sobrenaturais, destacar esta gente do resto, algo além do adjetivo corrupto. Já pensou em fazer brilhar uma vela acesa sobre a cabeça de cada um destes? Ia ter luz no Brasil para ofuscar o Sol, e olha que falamos do Brasil!
Agora teria um o derradeiro problema, e eu seguiria:
- A sua bula tem que abrir uma exceção, pois já imaginou se aparece uma vela acesa, por exemplo, na minha cabeça? Como tocar a empreitada para frente? Como executar a bula se tiver uma chama no meu cocuruto? Assim...er...er... entendeu, vai que aparece, coisa do Demo, sabe? Ou seja, tem que abrir uma exceção aqui também, tá certo? Seria constrangedor tanta vela acesa e sem ninguém para apagar, né? E aconselho pedir para seus representantes ficarem escondidos, para evitar um ou outro constrangimento, entende? Daí, para que possamos dormir um dia, afinal, terá que por um termo a estes efeitos luminosos. Neste dia, melhor, um dia depois do prazo, Você aparece por aqui para que possamos fazer o saldo. Acredito que sobrará muita gente, Senhor papa, mas pelo menos dias tão iluminados como estes o Brasil nunca mais terá. Pode ser ou tá difícil? Minha caneta ou a sua?
Assim terminaria o tête-à-tête com Ele. Se saísse com a bula assinada, colocava para tocar a Cavalgada da Valquírias e meus feitos fariam Lampião parecer santo, um companheiro para Frei Galvão. Se saísse sem nada, não teria problema: continuávamos a viver em nosso maravilhoso país, criticando todos, menos nós mesmos, assim como eu. ;)
9 de maio de 2007
Novos tempo, bicho!
Não adiantou a exposição negativa que RC se sujeitou para retirar a biografia não autorizada sobre sua longa carreira das lojas e do prelo. A Internet mais uma vez mostra a que veio, mesmo para aqueles que com visão capengada não percebem. A página do Projeto de Democratização da Leitura (é só googlear que aparece) tem o enlace para baixar o arquivo em .pdf. O sujeito que disponibilizou o texto deixou um ronco barulhento de protesto: "Viva a democracia!" - colocou no espaço destinado ao Publisher do arquivo. Certo: cedo ou tarde o enlace será tirado da página hospedeira, contudo, bicho, cedo ou tarde também aparecerá outros enlaces para o texto. E há mais importância no ocorrido além dos detalhes da vida de RC.
De um assunto de certo modo fútil, a Internet se impõe vigorosa, tanto para a nobreza e como para a plebe. Caça, em silêncio, uma decisão do judiciário, esta por sua vez saída de um acordo entre as partes, mas com o aval final do excelentíssimo juiz: refazem o ser, frente à uma decisão fundada no dever ser. Não ameaça a ordem, tampouco as instituições envolvidas. Sendo que, por mais se esforce o juiz em emitir decisões para fechar os acessos ao referido arquivo, melhor tentar esquecer, pois até aquela moça que tomou banho de mar de forma mais apimentada dirá que é impossível. Toda e qualquer possibilidade de censura irão embora cantando Lady Laura, quase morrendo de saudade dos tempos em que uma decisão tão parecida quanto possível teria a eficácia desejada pelos envolvidos.
Efeitos negativos e positivos.
RC não perderá um milhão de fãs pelos fatos narrados em sua biografia. O judiciário e seus membros também não sofrem seqüelas diretas, pois há uma incapacidade técnica para garantir a execução de sua decisão. Não se pode, com os meios disponíveis, exigir-lhes o contrário. Este sim é o que agora está em jogo: a "reforma" bruta e crua de um poder de Estado sem nenhuma cerimônia. Toda a formalidade deste poder e de suas manifestações evaporam contra esta força impossível de ser identificada e combatida. Sempre haverá uma ou duas dezenas de blogues com novas direções para baixar o arquivo. Desfazendo ad infinitum a petrificada decisão judicial.
De positivo, creio existir dois pontos: o espaço aberto para buscar a solução desta difícil equação, mas em largo prazo. Que coloca a responsabilidade no colo das academias envolvidas no assunto, obrigando uma comunicação ainda maior entre o direito e a informática.
Mais distante está o segundo: começar a ver este poder como algo a ser posto ao lado do Estado que agora ameaça. Ou seja, esta força pode ser desejada para retirar processos burocráticos da máquina pública, em tempos de Estados com cargas fiscais pesadas para atender populações insatisfeitas com os serviços custeados por seus bolsos. Também para retirar terceiros desnecessários da relação Estado-cidadão. Mais ainda: colocar o cidadão dentro do Estado, fazendo desta sua capacidade de interação um poder que se revele da maneira rápida, como agora se revelou, para decisões que futuras leis possam retirar de representantes eleitos e passar diretamente para o povo a tarefa. Como um processo de referendo e plebiscito perene, sem as normas complexas e os sujeitos com desejos escuros que funcionam como atravessadores e tardam a chegada ao fim desejado, no melhor dos cenários. Haveria que pesar os efeitos desta iniciativa em relação aos outros princípios que devem envolvido, para citar um: a segurança jurídica. Mas o uso de tais ferramentas, que apenas se revelam, no relacionamento com o poder econômico privado e o Estado, para também dar apenas um exemplo, tem muita atração. É quase uma ficção científica, mas são novos tempos, bicho!
De um assunto de certo modo fútil, a Internet se impõe vigorosa, tanto para a nobreza e como para a plebe. Caça, em silêncio, uma decisão do judiciário, esta por sua vez saída de um acordo entre as partes, mas com o aval final do excelentíssimo juiz: refazem o ser, frente à uma decisão fundada no dever ser. Não ameaça a ordem, tampouco as instituições envolvidas. Sendo que, por mais se esforce o juiz em emitir decisões para fechar os acessos ao referido arquivo, melhor tentar esquecer, pois até aquela moça que tomou banho de mar de forma mais apimentada dirá que é impossível. Toda e qualquer possibilidade de censura irão embora cantando Lady Laura, quase morrendo de saudade dos tempos em que uma decisão tão parecida quanto possível teria a eficácia desejada pelos envolvidos.
Efeitos negativos e positivos.
RC não perderá um milhão de fãs pelos fatos narrados em sua biografia. O judiciário e seus membros também não sofrem seqüelas diretas, pois há uma incapacidade técnica para garantir a execução de sua decisão. Não se pode, com os meios disponíveis, exigir-lhes o contrário. Este sim é o que agora está em jogo: a "reforma" bruta e crua de um poder de Estado sem nenhuma cerimônia. Toda a formalidade deste poder e de suas manifestações evaporam contra esta força impossível de ser identificada e combatida. Sempre haverá uma ou duas dezenas de blogues com novas direções para baixar o arquivo. Desfazendo ad infinitum a petrificada decisão judicial.
De positivo, creio existir dois pontos: o espaço aberto para buscar a solução desta difícil equação, mas em largo prazo. Que coloca a responsabilidade no colo das academias envolvidas no assunto, obrigando uma comunicação ainda maior entre o direito e a informática.
Mais distante está o segundo: começar a ver este poder como algo a ser posto ao lado do Estado que agora ameaça. Ou seja, esta força pode ser desejada para retirar processos burocráticos da máquina pública, em tempos de Estados com cargas fiscais pesadas para atender populações insatisfeitas com os serviços custeados por seus bolsos. Também para retirar terceiros desnecessários da relação Estado-cidadão. Mais ainda: colocar o cidadão dentro do Estado, fazendo desta sua capacidade de interação um poder que se revele da maneira rápida, como agora se revelou, para decisões que futuras leis possam retirar de representantes eleitos e passar diretamente para o povo a tarefa. Como um processo de referendo e plebiscito perene, sem as normas complexas e os sujeitos com desejos escuros que funcionam como atravessadores e tardam a chegada ao fim desejado, no melhor dos cenários. Haveria que pesar os efeitos desta iniciativa em relação aos outros princípios que devem envolvido, para citar um: a segurança jurídica. Mas o uso de tais ferramentas, que apenas se revelam, no relacionamento com o poder econômico privado e o Estado, para também dar apenas um exemplo, tem muita atração. É quase uma ficção científica, mas são novos tempos, bicho!
7 de maio de 2007
Fatos e falta.
Fatos como este:
Jornalista que apontou exploração sexual é morto. Luiz Carlos Barbon Filho, 37, foi atacado a tiros na noite de sábado em um bar de Porto Ferreira (interior de SP) Em 2003, ele denunciou um esquema de aliciamento de meninas que envolvia empresários e vereadores; todos foram condenados. (Folha de São Paulo, só para assinantes aqui.)...nos afastam da imprensa que desejamos, pois demonstra que jornalista independente pode enfrentar o verdadeiro crime organizado, que poucos conhecem. Enfim, falta ainda uma repercussão mais enfática e profunda dos meios de jornalismo de alcance nacional aos crimes feitos sob encomenda no Brasil e, mais que tudo, suas origens.
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